quarta-feira, 20 de julho de 2011

Destino Gre-Nal

Ah, o Gre-Nal, sempre o Gre-Nal...recheado de emoções, com amores e dissabores a flor da pele, com a magia de duas torcidas, contagiando a tarde de domingo na Capital.
Como todos os clássicos, desde o primeiro da historia , o coração batendo, pulsando, o grito de gol suplicando para o êxtase final, para a gloria, para o reconhecimento, para a vitória.
Caros amigos, quis o destino que o clássico não encerrasse com um vencedor no tempo normal. Sim, amigos, o destino esta tarde brincou com o coração de milhões de torcedores, e culminou com uma decisão nervosa de cobranças diretas na marca do penalti.
Amigos, o escrete rubro realizou uma partida quase que impecável. Controlou quase todas as ações da partida, teve maior tempo de posse de bola. Pecou, sim, pecou em não ter conseguido marcar o segundo gol, o que lhe daria uma maior tranqüilidade no confronto.
Mas, como todo jogo de futebol, por vezes, o que parece sereno, de uma hora para outra, torna-se trágico. Naquele momento em que Pablo Guinazu, cometeu falta e foi punido com o cartão vermelho, o Gigante emudeceu-se. E em seguida, o empate tricolor.
Mas o destino queria emoções e muitas emoções. Queria mais, muito mais! Quis o destino que dois atletas rubros fossem os personagens da partida. Falo do goleiro Renan e do zagueiro Rodrigo. Sim, amigos, dois jogadores que passaram por dramas pessoais recentemente, e que necessitavam de uma afirmação sublime em um clássico Gre-Nal.Eis a verdade, amigos: o goleiro Renan, deve ter realizado sua melhor partida, no gol colorado, desde o seu retorno, com direito até mesmo a defesa nas cobranças de pênaltis.
Mas me detenho ao outro personagem, o zagueiro Rodrigo: foi escorraçado, eu disse escorraçado, do bairro Azenha, em um momento difícil, de grave doença familiar. Sim, teve seu contrato rescindido de forma unilateral, e para a sorte de nós colorados, trocou de bairro e passou a vestir com orgulho a camisa rubra.
E o destino Gre-Nal causou mais esta pirraça. Coube ao zagueiro colorado, a última cobrança de pênalti. Imaginem amigos, o que passou pela cabeça do atleta naquele rápido instante. O silêncio, a expectativa, a pelota incólume na marca da cal, o goleiro adversário a sua frente...o chute....o goleiro caido...a pelota beijando a rede... a explosão da torcida...e finalmente a corrida para os braços abertos do povo rubro.
Restou, por fim, o titulo do segundo turno , a denominada Taça Farroupilha no armário colorado e um Supercampeonato para decidir o Gaúchão 2011. Ah, e mais dois Gre-Nais, sempre os Gre-Nais.

Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro.
 


Por Márcio Mór Giongo, em 1 de maio de 2011.





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