sexta-feira, 22 de julho de 2011

Canto Gauchesco

Tocando gaita de oito baixos e já ouvindo o ronco que sai, o escrete rubro jogou por música nesta noite de quinta em Minas Gerais. Em passos rápidos e envolventes, a equipe colorada dançou um legitimo vanerão, em plena Arena do Jacaré.
Depois de um primeiro tempo equilibrado, o escrete rubro, de viola e gaita a mão, tomou conta de todas as iniciativas da partida e fez ecoar o canto gauchesco dentro da galpão rival.
Desbravando a coxilha mineira, em um rebote oriundo de uma cobrança de falta , Leandro Damião, tal e qual um tordilho aporreado em cancha reta, empurrou a pelota para as redes atleticanas, tirando o primeiro zero do placar.
E as bocas cantoras coloradas, entoaram novos versos gauchescos, quando Kleber levantou a pelota para dentro do bolicho; e nosso Lanceiro Negro importado da orla carioca, Zé Roberto, cumprimentou o arqueiro rival, efetuando o segundo tento colorado.
Em disparada, como o sopro de ventos desgarrados, o guri Oscar, deixou nosso galo de rinha, D’Alessandro, na porta do salão atleticano, que de lenço vermelho, espora e mango, efetuou o terceiro tento rubro em Sete Lagoas.
Mas, amigos, o baile não tinha hora para terminar. Em uma roubada de bola de Leandro Damião , nosso guri maragato, Oscar, fechou o placar da partida, rendendo o Galo Atleticano dentro de seu próprio reduto.
Amigos, o escrete rubro necessitava de uma vitória deste quilate! Uma exibição como esta, com quatro gols na guaica, nos faz suspirar e sonhar pela conquista da percanta mais desejada, nos últimos anos. Eis a verdade, amigos: já estamos cantando, encantando e cortejando há tempos, esta bela prenda tupiniquim. Quem sabe não chegou a hora! Uma boa prosa em versos e harmonia contagiantes, é o que não esta faltando na orquestra gaúcha, regida por Paulo Roberto Falcão.

Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro.



Por Márcio Mór Giongo, em 1 de julho de 2011.




foto: Terra Esportes

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