domingo, 6 de novembro de 2011

Contos em Feira

Queridos amigos,

Aguardo com muita felicidade as presenças de voces, nas sessões de autografos das coletaneas em que estou participando, nesta Feira do Livro de Porto Alegre.

No dia 9 de novembro, as 14 horas, no terreo do Memorial do RS, estarei juntamente com demais escritores, autografando o meu texto "O Amante da Bola", que faz parte da Coletanea da Casa do Poeta Rio-Grandense.

E no dia 12 de novembro, as 16 horas, no primeiro andar do Memorial do RS, estarei autografando os textos "O Planeta Vermelho" e "Mar Vermelho", que fazem parte da coletanea Fantasias, organizada pela Alpas 21.

Ainda, no mesmo dia 12, só que as 18 horas, tambem no primeiro andar do Memorial do RS, estarei autografando o texto "Libertadores", que faz parte da coletanea Labirintos, tambem organizada pela Alpas 21.

Desde ja, agradeço as presenças carinhosas dos amigos.

Abraços e saudações coloradas!

Por Márcio Mór Giongo




domingo, 2 de outubro de 2011

Uma Noite Estrelada

"Premio super merecido. És um craque das palavras. Elas são a tua pelota". Jeronimo Jardim


Pois, na noite da última quinta-feira, tive momentos de muita emoção e felicidade na entrega dos premios do IV Concurso Literario, promovido pela Fundação de Educação e Cultura do Sport Club Internacional.
Foi uma noite em que estrelas cintilaram de tal forma, que nossa casa rubra restou totalmente iluminada.
A começar pela presença brilhante de meu convidado de honra, o musico e escritor Jeronimo Jardim.
O contato mais próximo com escritores, escritores reconhecidos, escritores com varios premios em outros concursos, juntamente com poetas que a cada intervalo, declamavam lindas poesias, deixaram este momento por demais valioso e magnifico. Foi um evento que, sem sombras de duvidas, engrandeceu o Sport Club Internacional.

Amigos, Escurinho nesta semana nos deixou. Um atacante nato, um cabeceador esplendido, capaz de realizar uma memoravel tabela com Falcão, em um dos gols mais bonitos da nossa historia. Um voador dos instantes finais, daquele maravilhoso time da decada de 70. Escurinho é uma estrela cintilante, agora no iluminado céu de Porto Alegre.

Na foto acima, a linda medalha que tive a honra de receber, pelo segundo lugar, em Historias do Inter, com o texto Mar Vermelho.


E sob ela, amigos, a lendaria camisa 14 rubra, de Luis Carlos Machado, o Escurinho.

Por Márcio Mór Giongo


















sábado, 24 de setembro de 2011

Uma História Premiada

La pelos idos dos anos 80, o vitorioso dirigente colorado, Frederico Arnaldo Ballve, quando da transferencia do volante Batista para nosso arquirrival, repetiu uma frase:"Vamos fazer deste limão uma limonada".Pois naquele ano, com o dinheiro da venda, o Inter contratou o meio-campo Ruben Paz. Lembro como se fosse ontem. O craque uruguaio jogou muito.Para os mais jovens, que não o acompanharam, era um articulador habilidoso, ao estilo D'Alessandro. Ruben Paz foi uma estrela brilhante, no nosso ceu, tão ofuscante da decada de 80.
Mas amigos, escrevam!!! O ato da escrita eleva a alma! Escrevam sobre os temas que quiserem, escrevam sobre aquilo que faz seus corações baterem, sobre o que lhes dão satisfação e prazer!
Por vezes, critiquem. O nosso país e o mundo necessitam de mudanças! Agora, jamais discriminem, rotulem ou desqualifiquem algo ou alguem. Afinal, todos nos temos uma historia de vida. Historias diferentes. E essas diferenças existem para serem respeitadas.
Pois, minha paixão pelo futebol e pelo meu clube do coração, rendeu mais um premio literario. É com muita felicidade que fui premiado pela segunda vez, no concurso literario da FECI(Fundação de Educação e Cultura do Sport Club Internacional) . Com o texto "Mar Vermelho", recebi o premio de segundo lugar, na categoria Historias do Inter.
Muito obrigado, amigos, a todos que sempre me incentivaram a praticar o ato da escrita. Obrigado, pelas criticas, pelos elogios, pelos elogios tambem a aqueles textos que acabaram saindo "bem mais ou menos". Enfim, obrigado!!! Á minha familia, obrigado, por tudo! E muito obrigado ao Sport Club Internacional!
Parabens aos demais escritores premiados, em especial aos escritores Adilar Signori e Nelsi Urnau. Voces, com certeza, são exemplos a serem seguidos.
O texto Mar Vermelho, foi escrito uns dois meses depois daquele jogo tragico contra a equipe do Congo, aquela derrota vergonhosa no Mundial Interclubes! Amigos, o baque foi tao grande que estava dificil, ate mesmo de escrever. Ate que surgiu o texto, publiquei neste blog e agora com muita satisfaçao, foi premiado e ja faz parte da historia do Internacional!
Por fim, do limão, acho que consegui fazer uma doce limonada! Saude, amigos!

Ah, a premiação é dia 29 de setembro, as 19 horas, no Gigantinho! Estão convidados...alguns, intimados!!!

Por Márcio Mór Giongo

 
 

FECI - Fundação de Educação e Cultura do Sport Club Internacional

IV CONCURSO “Sport Club Internacional” de Contos, Crônicas, Poesias e Histórias do Inter.

 

RESULTADO DO CONCURSO 2011

 

Vencedores: POESIA

1º Lugar - João Justiniano, com a poesia: Tarde Triste - Troféu

2º Lugar - Nelsi Inês Urnau, com a poesia: Entardecer - Medalha

3º Lugar - José Nedel, com a poesia: Conflito Distributivo - Medalha

4º Lugar - Mário Luís Souza Terres, com a poesia: Definição - Menção Honrosa

 

Vencedores: CONTOS

1º Lugar - Sonia mª D. Athayde, com o conto: Muito além do Olhar - Troféu

2º Lugar - Adilar Signori, com o conto: A Roupa Nº 3 - Medalha

3º Lugar – Antonio Augusto Bandeira, com o conto: O Infinito - Medalha

4º Lugar - Edson Xavier De Castro, com: Palavras Trocadas - Menção Honrosa

 

Vencedores: CRÔNICAS

1º Lugar-Pérola Bensabath Oiy, com a Crônica: Torcedor ou Macho Profano? -Troféu

2º Lugar Sonia Athayde, No Principio,Era a Cor. - Medalha

3º Lugar – Adilar Signori, com a Crônica: O Retrato dos Meus Pais - Medalha

4º Lugar – Alcione Sortica, com a Crônica: O jovem que chora - Menção Honrosa

Vencedores: HISTÓRIAS DO INTER

1º Lugar - Edson Xavier De Castro, com Vermelho Inter-Troféu

2º Lugar - Márcio Mór Giongo, com Mar Vermelho - Medalha

3º Lugar-Júlio Mafra, com O Primeiro Jogo - Medalha

4º Lugar - Mario L. S. Terres, com Colorado O Clube Do Povo - Menção Honrosa

 

MEDALHAS DE MÉRITO CULTURAL POÉTICO PARA:

 

Valdir Luiz Scariot em Histórias do Inter: com A Tobata Pioneira.

Emanuelle Bueno, com a Crônica: Olhar Colorado.

Marcelo Allgayer Canto, com o poema: Inútil Transigência,

Valter Morigi, com o poema: Internacional.

Viviane Balau, com o poema: Internacional.

Iara Irigaray, com o poema: Música.

 

Realização e Coordenação: Cesardo Vignochi Presidente, Lúcio Ignácio Regner Vice-presidente, Marinês Bonacina Diretora Cultural,

 
Porto Alegre, 29 de setembro de 2011.






domingo, 11 de setembro de 2011

Devaneios em Damigol

E no dia "D", de Leandro Damião, o escrete colorado, definitivamente, decolou no disputado Campeonato Brasileiro de 2011. Depois de derrotas desmotivantes e empates desastrosos, a equipe rubra obteve duas vitorias por demais valiosas, para o decorrer de uma trajetoria gloriosa neste certame.
Caros amigos, Leandro Damião, mais uma vez deu a letra neste desafio colorado, duelado contra a dificil equipe do Palmeiras, neste domingo no Pacaembu.
E na letra "D", de Damião, a desatenta defesa palmeirense, doou a pelota, ao destemido e desperto D'Alessandro. O dianteiro colorado, a recebeu como dadiva divina, encontrou Andrezinho, que por sua vez descobriu Damião, que tal e qual um precioso diamante, demasiadamente lapidado, deslizou seu dorso sobre o defensor adversario, e despachou a bola para as redes do arqueiro rival.
Depois disso, amigos, foi uma descabida dinastia, de passes desqualificados e jogadas desensaiadas, que levaram os departamentos tecnicos, das duas equipes a um destempero de dar inveja, a qualquer diretor cinematografico, que desejasse passar por ali naquela data.
No retorno da disputa, a defesa rubra, em devaneios profundos; nas pontas dos dedos de Muriel e nos despachos alucinantes, da sua desequilibrada dupla de zaga; conseguiu conter, desesperadamente, o impeto adversario. Com o desenrolar do duelo, o ja desestruturado Dorival Junior, efetivou o desembarque de Bolatti e Ilsinho, dando uma maior desenvoltura a defesa e ao meio-campo colorado.
Eis que, em um contra-ataque demoniaco, o predestinado e definidor Leandro Damião, na saida de Marcos, detonou mais um tento, contra as desmaculadas e devassas redes adversarias.
Caros amigos, e para fechar o dia "D", de Damião, em um passe magistral de Ilsinho, o demolidor dianteiro colorado, decidiu o duelo, quando driblou um defensor palmeirense, driblou também o arqueiro rival e sem nenhum tipo de deboche, nem descaso, desferiu a derradeira pelota, em direção ao deserto barbante paulista.
Eis a verdade amigos: nosso destruidor e devorador de defesas desvalidas, desempenhou uma atuação indescritivel, neste recente duelo, digno de ser visto e revisto, todos os dias e em todas e diferentes dimensões que desejarem.

Ademais, minha caneta vermelha disse e declina ao povo rubro.

Por Márcio Mór Giongo

http://www.futebolmix.com/

Foto: Terra Esportes


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Nas Ruas de Fogo

Nas ruas sinuosas de um caminho, nos passos saudosos de um passado. Veiculos ao vento, olhos distantes, olhos cintilantes, olhos apreensivos. Uma multidão andarilha, um percurso reticente, duvidoso, mas com a esperança de mais um exito, uma nova conquista.
Nas ruas sem nome, no calor de um povo, no sorriso do vendedor ambulante ou nos olhos timidos do menino de rua. Na conversa de bar, o ouvido no radio. No desejo sem freio, na paixão insana de um beijo. O pulso...o coração... a dor...a alegria.
Nas ruas de fogo, os braços de um povo, no abraço ao Gigante rubro. Um apoio incondicional, irrestrito, em fumaça de anseios. Um colorido vistoso, latente em energia , transmissão e pensamento.
Fogo das ruas, fogo da arquibancada, fogo das escadarias do vestiario. As chamas de um povo, o grito de uma torcida...um Gigante aceso.
Caros amigos, Leandro Damião, como uma tocha humana, eu disse uma tocha humana, sinalizou dois tentos magnificos, nas redes platinas, abrindo um caminho luminoso, para o nosso Bi-Campeonato da Recopa Sul-Americana.
Amigos, eis a verdade: mesmo com o gol argentino do segundo tempo, o escrete rubro continuou infernizando a defesa platina e de penalti, em otima cobrança de Kleber, efetuou o terceiro tento, jogando de vez as cinzas castelhanas ao vento minuano, das margens do Guaiba.
Incendio no Estadio, incendio nas ruas, uma explosão de alegria sob fogos e uma brilhante chuva de prata. O Bi da Recopa em ótima hora e o ressurgimento, das cinzas, de uma equipe briosa e vencedora, que conquistou os mais importantes titulos internacionais da ultima decada.

Nas ruas de fogo, com um Gigante e um amor branco e rubro em chamas!

Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro.

Por Márcio Mór Giongo

http://www.futebolmix.com/


foto: Terra Esportes

* Este texto faz parte da coletânea Colorados-Nada Vai Nos Separar, obra publicada pela Editora Multifoco, em 2012. 

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Gurizada Medonha

Como se fora um playstation. Sim, amigos, falo deste video-game que contem campeonatos de equipes e seleções de todo o mundo. Outro dia vi a propaganda de um deles, era mais ou menos assim: Messi contra o resto do mundo. Confesso que não havia prestado atenção ainda, na nitidez e perfeição desses video-games. Outro dia também, fui almoçar em um shopping, e havia ali perto de mim, uma demonstração...fiquei espantado...estupefato...D'Alessandro parecia D'Alessandro, de verdade!!!
Dizem que o menino Ze Mario, no primeiro contato com Ibraihmovic, teria lhe beliscado a carne e o osso! Ouvi mais... muito mais...diz a lenda que o jovem Dalton, teria peitado o volante Gattuso, e puxado sua barbicha...pensando é claro, que o jogo não passasse de um mero playstation.
Depois de estar duas vezes atras do placar, o escretinho rubro, acionou o botão do playstation, em Munique, e emplacou dois tentos, sobre a equipe italiana.
Amigos, eis a verdade: a gurizada colorada tomou conta da partida, na decisão do terceiro lugar da Copa Audi!!! Desfilando no gramado verde do Allianz Arena, nosso jovem mancebo, Joao Paulo, arquitetou e organizou as principais jogadas coloradas, com a simplicidade de quem corre atras de uma carrocinha de picolé!!! Sim, amigos...e o que dizer de nosso Homem de Ferro, Leandro Damião!!! Este sim, parecia estar em um verdadeiro video-game de ação!!!Tentem derruba-lo, amigos, tentem!!! Alguem se atreve??? Eu não...
Mas amigos, o saldo da Copa Audi foi positivo!!! Dois empates...uma derrota e uma vitoria nos penaltis... contra os poderosos Barcelona e Milan!!! Ah, ja estava me esquecendo...Renan!!! Tres penaltis, eu disse tres penaltis!!! O que mais dizer??? Mais nada...a não ser que o tecnico interino Osmar Loss, está definitivamente de parabens!!! Olho nele, Diretoria...

Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro.


Por Márcio Mór Giongo

www.futebolmix.com
Foto: terra esportes






terça-feira, 26 de julho de 2011

Os Fatidicos Penaltis

Pois o Internacional até fez uma boa partida, nesta terça-feira, pela Copa Audi. Em um confronto em que o Barcelona teve o total controle no primeiro tempo, a equipe rubra conseguiu equilibrar as ações na segunda etapa. O lateral Nei e Leandro Damião assinalaram os tentos colorados, no empate de 2 a 2, hoje a tarde, em Munique.
De se destacar, a boa atuação do goleiro Muriel, bastante exigido em quase toda a partida e as boas presenças de Andrezinho e Leandro Damião, em todo decorrer da partida. A decepção colorada foi D Alessandro, que não desempenhou um bom jogo, e esteve bem abaixo do seu normal, o que ocasionou muita dificuldade para o escrete rubro.
Do lado do Barcelona,uma equipe bastante desfalcada, a sempre boa presença de Iniesta, que sem sombras de duvidas é o organizador e maestro da equipe catalã. Mas obviamente, o time sentiu muito a falta de Messi e no segundo tempo, com as alterações do tecnico Guardiola, a equipe ficou bem descaracterizada e não manteve o mesmo padrão da primeira etapa.
Mas, amigos, tudo tinha mesmo que se decidir, nas fatidicas cobranças de penaltis. E todos nós sabemos da crueldade e insensatez deste lastimavel momento. O otimo Leandro Damião errou, assim como o menino Ze Mario. E o sonho da final foi definitivamente para o espaço aereo europeu, juntamente com a pelota, ocasionando a derrota pelo placar de 4 a 2.
Por fim, enfrentaremos amanha a equipe do Milan, pela disputa do terceiro lugar. Enquanto que o Barcelona disputara a final contra a equipe da casa, o Bayern de Munique.

Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro.

Por Márcio Mór Giongo

Foto: Terra Esportes


segunda-feira, 25 de julho de 2011

Confronto na Alemanha

Internacional e Barcelona reeditam a final do mundial de 2006, em Yokohama, onde o escrete rubro conseguiu sua maior conquista. Pela Copa Audi, as duas equipes se enfrentam, nesta terça-feira em Munique.
A equipe rubra, viajou para a Europa com desfalques de varios atletas. Além de Oscar e Juan que estão servindo a seleção sub-20, o volante Guinazu, lesionado, ficou em Porto Alegre, bem como o avante Ze Roberto, com problemas no pubis.

O técnico interino, Osmar Loss, precisara armar um esquema que possa parar o ataque catalão, ao mesmo tempo que consiga explorar contra-ataques, que nos levem a uma outra vitoria contra o tão poderoso Barcelona.Para tanto, escalara Paulo Cesar Tinga e Andrezinho, afim de obter uma maior compactuação a equipe, com liberdade para D Alessandro se aproximar ao artilheiro Leandro Damião.
É, amigos, nada facil sera este confronto, mesmo que a equipe catalã esteja retornando de pre-temporada e com varios desfalques. O escrete rubro se quiser almejar um bom resultado,tera que colocar o coração na ponta da chuteira e mostrar uma superação fora do comum.
E para os superticiosos de plantão, necessario se faz dizer, que jogaremos todo de branco, assim como há cinco anos atras, no Japão.

Bem, enfim, oremos...

Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro.
Por Márcio Mór Giongo

sábado, 23 de julho de 2011

A Volta do Capitão

Era um Gre-Nal. Um singelo Gre-Nal do Campeonato Brasileiro de 2004. Nada mais do que isto. Na casamata colorada além do atrapalhado treinador Joel Santana, um atacante esperava ansioso a hora de estrear com as vestimentas rubras. Sentado, no banco de reservas, acompanhava todo o desenrolar dos acontecimentos. Percebia-se, naquele instante, a equipe colorada bem melhor em campo, mas sem qualquer tipo de objetividade, característica tão essencial em clássicos Gre-Nais.
Eis que enfim, nas escadarias, na subida do escrete rubro para o segundo tempo, nota-se a presença do novo contratado colorado.
Já no primeiro toque na bola, vislumbra-se um refinamento diverso, destacado, qualidades acima da media que o diferenciam sobre os demais atletas. Em tabelas rápidas e envolventes, com uma presença de área que há muito não se via nos lados do Beira-Rio, o avante rubro foi aos poucos tomando conta da partida.
Veio o primeiro tento. Vinicius, o zagueiro, cabeceou a pelota para os fundos da redes tricolores. Era o gol 999 em clássicos Gre-Nais.
Em uma bola alçada a grande área, o novo avante colorado cumprimentou mais uma vez o arqueiro tricolor e efetuou o tão esperado  gol 1000, em clássicos Gre-Nais.
O restante deste conto glorioso, e a continuação da trajetória do predestinado camisa 9 e capitão colorado, todos já sabem, todos já conhecem e não se cansam de lembrar e comemorar suas eternas conquistas.
Pois, Fernandão esta de volta. É o novo Gerente de Futebol colorado. Um líder e um filho que a casa retorna. Quem sabe juntamente com o capitão, não volte aquela equipe vibrante, que levantou os mais importantes troféus da última decada. Quem sabe... alguem duvida?

Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro.

Por Márcio Mór Giongo, em 23 de julho de 2011.

foto: Terra Esportes


sexta-feira, 22 de julho de 2011

A Despedida de um Idolo

Vítima da atual má administração colorada, Paulo Roberto Falcão foi demitido hoje pela manhã do comando do Internacional.
Sem ter recebido reforços prometidos pela direção, Falcão, tentou de tudo para obter êxito nesta passagem pelo Inter.
Mas, conforme ficou bastante evidente, sobretudo na partida do último domingo, faltou material humano e a sua trajetória ficou marcada por uma irregularidade de dar dó.
Vislumbramos, em seu mandato, momentos de puro êxtase, como a final do Gauchão, em que levantamos o caneco na casa do inimigo.
Mas, sobreveio derrotas marcantes, como a do Penharol, pela Libertadores e a inconstante campanha no Brasileiro.
Falcão não empolgou no comando colorado. Mas faltou-lhe jogadores e sem sombra de duvidas, uma direção forte e marcante que lhe pudesse dar sustentação e tranqüilidade para desempenhar seu papel, como fez tão soberbamente na época em que desfilava pelos campos mundo afora, com a camisa 5 rubra.

Restou, enfim, a bela imagem de um ídolo!

Valeu Falcão! Até breve...
Por Márcio Mór Giongo

Canto Gauchesco

Tocando gaita de oito baixos e já ouvindo o ronco que sai, o escrete rubro jogou por música nesta noite de quinta em Minas Gerais. Em passos rápidos e envolventes, a equipe colorada dançou um legitimo vanerão, em plena Arena do Jacaré.
Depois de um primeiro tempo equilibrado, o escrete rubro, de viola e gaita a mão, tomou conta de todas as iniciativas da partida e fez ecoar o canto gauchesco dentro da galpão rival.
Desbravando a coxilha mineira, em um rebote oriundo de uma cobrança de falta , Leandro Damião, tal e qual um tordilho aporreado em cancha reta, empurrou a pelota para as redes atleticanas, tirando o primeiro zero do placar.
E as bocas cantoras coloradas, entoaram novos versos gauchescos, quando Kleber levantou a pelota para dentro do bolicho; e nosso Lanceiro Negro importado da orla carioca, Zé Roberto, cumprimentou o arqueiro rival, efetuando o segundo tento colorado.
Em disparada, como o sopro de ventos desgarrados, o guri Oscar, deixou nosso galo de rinha, D’Alessandro, na porta do salão atleticano, que de lenço vermelho, espora e mango, efetuou o terceiro tento rubro em Sete Lagoas.
Mas, amigos, o baile não tinha hora para terminar. Em uma roubada de bola de Leandro Damião , nosso guri maragato, Oscar, fechou o placar da partida, rendendo o Galo Atleticano dentro de seu próprio reduto.
Amigos, o escrete rubro necessitava de uma vitória deste quilate! Uma exibição como esta, com quatro gols na guaica, nos faz suspirar e sonhar pela conquista da percanta mais desejada, nos últimos anos. Eis a verdade, amigos: já estamos cantando, encantando e cortejando há tempos, esta bela prenda tupiniquim. Quem sabe não chegou a hora! Uma boa prosa em versos e harmonia contagiantes, é o que não esta faltando na orquestra gaúcha, regida por Paulo Roberto Falcão.

Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro.



Por Márcio Mór Giongo, em 1 de julho de 2011.




foto: Terra Esportes

Camisa Número 1

Um domingo distinto aquele. Não pelo clima frio, e o tempo instavel, onde o sol teimou a aparecer na Capital Gaucha, mas algo estava diferente naquela tarde nebulosa. Ao despertar pela manha, lembrei do difícil confronto pelo Campeonato Brasileiro. A partida no Paraná , contra a forte equipe do Coritiba.
Naquele domingo, sem encontrar nenhum tipo de justificativa, retirei de meu guarda-roupas, uma nova vestimenta: uma camisa colorada, é claro, para torcer por nosso time.
Mas era diferente. Sabe estas camisas que se compram em promoções, camisas coloradas de anos anteriores, com preços bem inferiores dos modelos atuais? Pois é, acordei de manha, procurando-a . Jamais havia vestido aquela camisa, apesar de te-la comprado há mais ou menos uns dois anos. Não sei porque tinha que acha-la, de qualquer jeito. Ao abrir a porta, encontrei-a com uma facilidade jamais vista, em meu tumultuado armario. Estava ela ali, a minhas vistas, pronta para usa-la.
Nesta vestimenta rubra, acima das iniciais entrelaçadas de nosso glorioso brasão, vislumbrei seis estrelas, sendo a estrela de cima, a mais cintilante de todas, representando o titulo Mundial conquistado em 2006. No lado direito do peito, um símbolo da Commebol, referente a primeira conquista da Copa Libertadores da América.
Mas, o mais impressionante de tudo ainda estava por vir. As suas costas, estampada na cor vermelha, em bordas douradas, vislumbrei um numero 1, vistoso e imponente. Sim, tratava-se de uma camisa de goleiro, em mangas longas, com a cor branca predominando sobre os detalhes vermelhos.
Caros amigos, no confronto desta tarde em Curitiba, viu-se acima de tudo uma atuação inenarravel do novo camisa 1 rubro. O guarda-metas Muriel, saiu as pressas do guarda-roupa colorado, onde estava esquecido há mais ou menos uns dois anos, e realizou uma das maiores atuações de goleiros colorados, que pude presenciar em minha vida futebolística. Em uma serie de defesas sensacionais e precisas, o arqueiro colorado segurou o ataque do Coxa e garantiu um importante empate para o escrete rubro.
Agora, amigos, resta-nos esperar que o técnico Paulo Roberto Falcão, mantenha o promissor arqueiro rubro, com a camisa 1 colorada em suas costas, e que tenhamos novos domingos diferentes, com surpresas agradaveis no decorrer deste ano.
Por enquanto, o que posso garantir é que minha camisa numero 1, estará eternamente fora de meu guarda-roupas, aguardando os próximos jogos para poder usa-la, com orgulho e satisfação.

Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro.

Por Márcio Mór Giongo, em 21 de junho de 2011.
http://www.futebolmix.com/

Laranja Madura

Doce laranja, um suco de laranja, no desjejum de uma fria manha de inverno sulista. Laranjas em pé, laranjas de Campo Grande, uma sacola de laranjas, para um apreciavel pudim de laranja, em um nobre reduto gaúcho, na região centro-oeste do país.
De todas as laranjas, a mais leve laranja, Oscar, em uma jogada extraordinária, intentou contra a meta adversária e no cruzamento da laranja platina Cavenaghi, cumprimentou o arqueiro mineiro, abrindo o placar em favor das laranjas rubras.
Em um passe magistral da mais escuras das laranjas, Ze Roberto , a pelota sobrou nos majestosos pés da laranja madura, eu disse laranja madura, D Alessandro, que de fora da área encontrou o canto esquerdo do goleiro do America de Minas.
Em um outro petardo, da jovem e promissora laranja Oscar, o escrete rubro encerrou a primeira parte do confronto deliciando um saboroso suco de laranja, no intervalo, brindando os tres tentos efetuados nas costas da equipe mineira.
Com o retorno da segunda etapa, as laranjas coloradas, acomodaram-se confortavelmente no armazem sul mato-grossense. Desta forma, o America de Minas marcou dois tentos, antes porem das laranjas rubras efetuarem uma pintura de gol, no quarto gol colorado, em ótima jogada de Ze Roberto e a conclusão de Cavenaghi.
Amigos, com o andar da carruagem as laranjas parecem estarem se acomodando , como já dizia um ditado popular. Com o andamento do campeonato, o tecnico Paulo Roberto Falcão, parece estar conseguindo escolher as laranjas mais suculentas e doces para comporem o balaio colorado.
E, amigos, eis a verdade: inexistem laranjas podres no balaio rubro. Existem sim, laranjas maduras, experientes e ardilosas na arte da catimba, tão dificil de serem compreendidas e aceitas, pelos admiradores do futebol arte do centro do país.

Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro.

Por Márcio Mór Giongo, em 6 de junho de 2011.

http://www.futebolmix.com/

Foto: Terra Esportes

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Crime e Castigo

Senhoras e senhores, que jogo!!! Inigualável atuação rubra, vislumbramos nesta tarde de domingo! Que Gre-Nal!! Ficara com certeza, marcado na historia dos clássicos. Rumamos ao Estádio Olímpico desacreditados, eu disse desacreditados!!!
Os recentes insucessos colorados, nos levaram a condição de franco-atiradores, na decisão do Campeonato Gaúcho de 2011.Mas amigos, sentia-se uma atmosfera diferente!!! Na entrada do escrete rubro no gramado, já se podiam notar semblantes fechados, olhos concentrados, dentes rangindos!!! Sim, amigos, vejam o pôster do time nos principais periódicos, da Capital! Vejam as faces assustadoras de nossos atletas, capaz de intimidar qualquer serial killer, que passasse por aquelas bandas!
Entretanto, no inicio do embate, em mais um imperdoavel descuido, da defesa colorada, nosso tradicional rival, efetuou o primeiro tento da partida, deixando o titulo mais próximo do Estádio Olímpico. No entanto, não irei aqui relatar, nem irei cansar os leitores, em informar do mal e de todos os males, em se contar vitória antes do sublime apito final! Sim, amigos, antes dos 25 minutos da etapa inicial, a torcida rival já ensaiava os primeiros olés, convictos de estarem com as duas mãos na taça.
Com a entrada em campo de Zé Roberto, o escrete rubro tomou outra forma e outra cor. Em uma bela jogada, pelo lado esquerdo, nosso atacante cruzou rasante para o tumulto, e o matador Leandro Damião, desferiu o primeiro disparo contra o arqueiro rival!
Logo em seguida, antes do fim do primeiro tempo, Andrezinho, mesmo agonizando, com lesão corporal exposta em uma de suas pernas, desferiu de longa distancia, um novo e estrondoso tiro contra a retaguarda tricolor.

O Estadio rival emudeceu-se. Eis a verdade, amigos: conseguia-se ouvir, até mesmo, o ruído de um fatídico lenço caindo, no gélido concreto das arquibancadas.
No retorno das duas equipes, enquanto os tricolores aguardavam, ouviam-se os passos na escada, do escrete rubro em direção ao campo de batalha, com o intuito de efetuar a consumação do crime final.
E naquele momento em que Zé Roberto, sempre ele, foi derrubado dentro da área de conflito, o coração branco e rubro parou. O argentino D`Alessandro, como se fora, um matador de elite, disparou o derradeiro tiro final, no canto esquerdo do arqueiro rival.
Amigos, mas o destino mais uma vez estava de pirraça, e pregou outra peça em classico Gre-Nal. Quis o hilário destino, que o arqueiro Renan, falhasse mais uma vez, no final do combate. Mas quis tambem o destino, que o goleiro rubro fosse decisivo, nos duelos finais, e com tres defesas alucinantes, garantisse a usurpação do troféu para os lados do Beira-Rio.
Coube ao atirador Zé Roberto a consumação do crime final, que com precisão e maestria, duelou com o arqueiro tricolor, e fuzilou as redes de nosso adversário, colocando as duas mãos na vistosa taça gaucha, e de sobra, castigou sem receio a prepotencia, soberba e o salto alto da equipe rival e sua agora calada torcida.

Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro.


Por Márcio Mór Giongo, em 17 de maio de 2011.

Foto: Terra Esportes.

Doença do Sono

Que sono, amigos, que sono! A doença do sono definitivamente se instalou no Beira-Rio. Há tempos, podemos perceber nosso escrete lento, devagar, com aquele toque de bola sonolento, com movimentos na maior parte das ocasiões, em câmera lenta.
Sim, amigos, o protozoário da doença do sono esta rondando as instalações coloradas, esta picando nossos jogadores, comissão técnica, massagistas, gandulas e principalmente nossos diretores, que não conseguem vislumbrar os defeitos do escrete colorado, bem como da urgência de uma mudança de atitude, principalmente em jogos decisivos.
Eis a verdade: varias vezes tive anceio de dormir, nas cadeiras do Gigante, contagiado com a preguiça de nossa equipe. Sim, inúmeras vezes bocejei, cochilei, sendo despertado apenas pelos gritos e cânticos da Guarda Popular.
Caros amigos, no Gre-Nal 386, vencido por nosso tradicional rival, nesta tarde de domingo, o escrete colorado se superou no quesito sonolência. Se não bastasse o ritmo lento, que estamos jogamos há mais ou menos uns três anos, agora estamos nos aprimorando em levar gol relâmpago, na volta para o segundo tempo. Ora, amigos, aquele momento em que deveríamos estar atentos e despertos, no retorno das escadas do vestiário, é inexplicavelmente o instante mais problemático e temeroso para a equipe rubra.
Inadmissível, amigos, inadmissível!!! Ocorreu novamente, um cochilo geral da retaguarda colorada, e os tricolores marcaram o segundo tento do classico que, indubitavelmente, desestruturou por completo o esquema do técnico Paulo Roberto Falcão.
Amigos, é hora de despertar!!! Por onde anda aquela equipe vibrante e comprometida, que levantou os mais importantes troféus na década passada??? Sim, ninguém aqui no país, eu disse ninguem, teve um maior número de glorias continentais do que os colorados nos anos 2000.
E agora estamos aí, implorando por no mínimo uma partida honrosa no próximo Gre-Nal, para que possamos terminar um Campeonato Gaucho, de uma forma menos vexatória. Ou alguém ainda acredita em título??? Podemos sim ser campeões, podemos... mas não com este pecado capital da preguiça, inerente as pernas sonolentas de nossos atletas.
Que sono, amigos...que sono... uma boa noite...a todos!!!

Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro.

Por Márcio Mór Giongo, em 9 de maio de 2011.
http://www.futebolmix.com/

Pedestal Colorado

Napoleão Bonaparte já havia conquistado vários territórios, mas acabou sendo derrotado pelo frio e pela neve, quando quis a todo o custo conquistar a Russia. Em virtude de sua inerente soberba, Hitler não obteve êxito, em sua idéia monstruosa de dominar o planeta. Soberba, arrogância, menosprezo aos adversários.
Os exemplos são muitos e incontáveis, nos caminhos que conduzem a existencia da humanidade.
Caros amigos, ficou uma lição latente nesta noite trágica e cinzenta de quarta-feira: o respeito que nós brasileiros devemos ter com nossos adversários, sobretudo em uma Copa Libertadores da América.
Sim, amigos, não venho aqui querendo mascarar os defeitos da equipe comandada por Paulo Roberto Falcão, não é nada disso. Alem de visíveis problemas, principalmente no setor defensivo, o que indubitavelmente, prejudicou o desempenho de nosso escrete na partida, foi a tão chamada arrogância, ou soberba; um dos sete pecados capitais.
Eis a verdade, amigos: desde o empate conseguido no confronto de Montevidéu, parece que se instalou na Avenida Padre Cacique, um perigoso e ardiloso clima de vitória antecipada.E não me venham dizer que não! Parece que não aprendemos! E o episodio Mazembe, serviu para que? Os exemplos de tragédias no futebol e principalmente em Copas Libertadores, são vários, não vou cansar o leitor em enumera-los.
Na partida de quarta-feira, por exemplo. Estávamos jogando contra uma equipe de tradição. Sim, já havia relatado em outra coluna o meu temor e meu receio em confrontos contra equipes uruguaias. E em singelos minutos de um apagão incompreensivel do escrete rubro, levamos dois tentos, que ocasionaram a nossa eliminação da Taça Libertadores da América de 2011.
Amigos, é passada a hora de descermos do pedestal. Sim, durante toda a década passada a arrogância , a soberba e a prepotência, jamais vestiram cores em branco e rubro. Conseguimos nossas grandes conquistas, despidos destas características, que com certeza habitavam um outro endereço em Porto Alegre.
Então é chegada a hora amigos, de resgatarmos aqueles valores, que nos levaram, em um passado recente, ao topo do Mundo: a essência do povo colorado, aquela que historicamente sempre levantou uma linda e vistosa bandeira de humildade, respeito e tradição.

Por isso, desçamos colorados!! Urgentemente, desçamos deste pobre e nefasto pedestal!

Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro.

Por Márcio Mór Giongo, em 5 de maio de 2011.





quarta-feira, 20 de julho de 2011

Destino Gre-Nal

Ah, o Gre-Nal, sempre o Gre-Nal...recheado de emoções, com amores e dissabores a flor da pele, com a magia de duas torcidas, contagiando a tarde de domingo na Capital.
Como todos os clássicos, desde o primeiro da historia , o coração batendo, pulsando, o grito de gol suplicando para o êxtase final, para a gloria, para o reconhecimento, para a vitória.
Caros amigos, quis o destino que o clássico não encerrasse com um vencedor no tempo normal. Sim, amigos, o destino esta tarde brincou com o coração de milhões de torcedores, e culminou com uma decisão nervosa de cobranças diretas na marca do penalti.
Amigos, o escrete rubro realizou uma partida quase que impecável. Controlou quase todas as ações da partida, teve maior tempo de posse de bola. Pecou, sim, pecou em não ter conseguido marcar o segundo gol, o que lhe daria uma maior tranqüilidade no confronto.
Mas, como todo jogo de futebol, por vezes, o que parece sereno, de uma hora para outra, torna-se trágico. Naquele momento em que Pablo Guinazu, cometeu falta e foi punido com o cartão vermelho, o Gigante emudeceu-se. E em seguida, o empate tricolor.
Mas o destino queria emoções e muitas emoções. Queria mais, muito mais! Quis o destino que dois atletas rubros fossem os personagens da partida. Falo do goleiro Renan e do zagueiro Rodrigo. Sim, amigos, dois jogadores que passaram por dramas pessoais recentemente, e que necessitavam de uma afirmação sublime em um clássico Gre-Nal.Eis a verdade, amigos: o goleiro Renan, deve ter realizado sua melhor partida, no gol colorado, desde o seu retorno, com direito até mesmo a defesa nas cobranças de pênaltis.
Mas me detenho ao outro personagem, o zagueiro Rodrigo: foi escorraçado, eu disse escorraçado, do bairro Azenha, em um momento difícil, de grave doença familiar. Sim, teve seu contrato rescindido de forma unilateral, e para a sorte de nós colorados, trocou de bairro e passou a vestir com orgulho a camisa rubra.
E o destino Gre-Nal causou mais esta pirraça. Coube ao zagueiro colorado, a última cobrança de pênalti. Imaginem amigos, o que passou pela cabeça do atleta naquele rápido instante. O silêncio, a expectativa, a pelota incólume na marca da cal, o goleiro adversário a sua frente...o chute....o goleiro caido...a pelota beijando a rede... a explosão da torcida...e finalmente a corrida para os braços abertos do povo rubro.
Restou, por fim, o titulo do segundo turno , a denominada Taça Farroupilha no armário colorado e um Supercampeonato para decidir o Gaúchão 2011. Ah, e mais dois Gre-Nais, sempre os Gre-Nais.

Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro.
 


Por Márcio Mór Giongo, em 1 de maio de 2011.





Montevidéu Alegre

Observe, sinta, respire...inspire...onze vestimentas rubras atrás de um sonho, veja a desenvoltura...consegue perceber? Uma equipe mais alegre...muito mais feliz com a vida.
Caros amigos, não foi uma atuação de encher os olhos, não...não foi mesmo. Mas note torcedor colorado, há algo de diferente no ar em que estamos respirando. Não amigos, no time de Paulo Roberto Falcão, não há lugar para casmurrices...Não, na nova equipe rubra não consigo enxergar vestígios de resmungos ou de caras e bocas cerradas. Não amigos, o escrete rubro passeia pelo verde do gramado, com dentes amostra. Sim, observem nossos jogadores conversando um com o outro. Sim, notem nosso técnico dando orientações e dialogando com seus comandados dentro das quatro linhas. Sim, vejam os jogadores cercando a arbitragem, observem o capitão conversando com seus pares, ou o arqueiro rubro dando ordens a sua defesa. Se não conseguiram ver tudo isso até agora, caros amigos, observem então o menino artilheiro soltando pipa, feliz da vida, dentro do Estádio Centenário, em pleno Uruguai.
Eis a verdade, amigos: desde a catástrofe de Abu Dhabi, nossos jogadores passaram os primeiros meses do ano, em um mau humor, de dar inveja a qualquer ranzinza de carteirinha. Sim, parece que as ações de conversar, sorrir, brincar e até mesmo xingar, amigos, por que não xingar, estavam definitivamente proibidos lá pelos lados da Avenida Padre Cacique. Estávamos a toda evidencia, vivenciando momentos de ostracismo e de pasmaceira geral.
Caros amigos, o confronto que vimos ontem em Montevidéu foi complicado e o empate foi justo. Consigo sim acreditar que possamos vencer em Porto Alegre, com a torcida colorada tomando toda a capacidade do Gigante.
Um estádio feliz, uma torcida alegre e sim, uma equipe vibrante e sabedora de seu potencial de atual Campeão da América.

É o que esperamos, torcemos e alegremente suspiramos para este fim, um final mais do que feliz para todos nós.

Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro. 
 Por Márcio Mór Giongo, em 29 de abril de 2011.






Vitória dos Avantes

Predestinado é aquele jogador que esta fadado ao sucesso. Aquele que esta no lugar certo na hora certa. Aquele atacante que chuta para a gloria eterna, que escreve seu nome na galeria dos gols mais importantes ou que assina as paginas de um livro histórico. Sim, amigos, falo de Rafael Sobis. Lembre das paginas de outrora! Volte ao passado! Retroceda o belo livro das conquistas coloradas!
Volte para 2006! Você verá um menino, recém saído da base rubra, entortando dois beques são-paulinos e desferindo um petardo letal no canto direito de Rogerio Ceni. Lembrou? Agora feche os olhos, torcedor alvirrubro. Ouça a comemoração do titulo da Libertadores 2006!Ouça os emocionantes cânticos colorados, ouviu? Agora, devagarinho...lentamente..va abrindo os olhos...olhe para o campo...esta vendo? Um menino ensandecido, de cabelos loiros esvoassantes, correndo feito um doido...com um enorme pendão branco e rubro em suas mãos, esta vendo? Sim, Rafael Sobis.
Ah, mas já passaram-se quase 6 anos deste momento histórico. Pois bem, então, agora avance as paginas deste livro. Chegou em 2010? Você verá um cruzamento em direção a área mexicana e um agora atacante reconhecido, nos quatro cantos do mundo, com a ponta da chuteira, empurrar a pelota para as redes e iniciar a reação colorada. Lembrou? Agora feche os olhos, torcedor alvirrubro. Ouça a comemoração do titulo da Libertadores 2010! Ouça os emocionantes cânticos colorados, ouviu? Agora, devagarinho...lentamente...vá abrindo os olhos...olhe para o campo...esta vendo? Um jogador ensandecido, correndo feito um doido...com um enorme pendão branco e rubro em suas mãos, está vendo? Sim, Rafael Sobis.
Caros amigos, o ultimo confronto colorado na Libertadores 2011, teve ares dramáticos. Não chegou a se configurar momentos de tragédia grega, longe disso, mas um cenário nefasto estava sobreposto as margens do Rio Guaiba. E quando tudo se encaminhava para um lírico e platônico 0 a 0, eis que a pelota é lançada para a área adversária, Leandro Damião aparou de cabeça e encontrou o predestinado, eu disse predestinado, Rafael Sobis que, cumprimentou o arqueiro equatoriano, dando as boas vindas coloradas aos visitantes da noite!
Em um petardo desferido pelo argentino Guinazu, o arqueiro equatoriano não segurou, e a pelota sobrou incólume para o artilheiro Leandro Damião, colocar para dentro das redes adversárias, efetuando o segundo e derradeiro tento colorado na partida.
Depois de um primeiro tempo sofrível, o gol de Rafael Sobis, no inicio do segundo tempo, trouxe uma maior tranquilidade a equipe, em um momento difícil, em que já se ouvia ate mesmo algumas vaias oriundas da arquibancada.
Eis a verdade, meus amigos: Rafael Sobis, o meu personagem do jogo, não comemorou o seu gol anotado. Também pudera, depois de algumas vaias... tão injustas vaias...voce comemoraria?

Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro.

Por Márcio Mór Giongo, em 21 de abril de 2011.
www.futebolmix.com

A Estréia

Na distante pequena infância, lá onde os sonhos se realizam, onde nossos heróis enfrentam as crueldades e dissabores do mundo, com uma simples visão de raio X, ou com um mero sopro ao vento.
Na doce infância, onde um ídolo de cabelos encaracolados enverga com orgulho, uma camisa rubra, com um numero 5 cintilante em suas costas. A lembrança de dois gols fantásticos em uma virada espetacular contra o Palmeiras de Tele Santana. Ou a imagem de um gol magnífico, fecundado em sincronia com a cabeça de Escurinho, no apagar das luzes, contra o Atlético de Minas. Um futebol vistoso, elegante, de passadas largas. A cabeça erguida, os olhos fixos como os de uma águia, capaz de alcançar toda a visão do Universo.
Paulo Roberto Falcão. Um ídolo. Um herói. Do outro lado do Atlantico, na terra do Vaticano: um soberano, o Rei de Roma.
E nesta tarde-noite no Gigante, Falcão desfilava na área técnica do time rubro. Com a elegância de sempre, com vistosos sapatos de rubi, em gestos simples e singelos, orquestrava com maestria, os movimentos de meio-campo, ataque e defesa de seu eterno time do coração.
Em um magistral lançamento de D`Alessandro, Andrezinho em ótima jogada pela ponta-direita, bem ao estilo Valdomiro, encontrou o artilheiro canarinho Leandro Damião, que com a ponta da chuteira empurrou a pelota para as redes adversárias, efetuando o primeiro tento da nova era Falcão no Beira-Rio.
O placar do jogo foi minguado, mas notou-se uma equipe mais leve, ao mesmo tempo que compromissada e vislumbrou-se um esboço de time, com as características marcantes que sempre acompanharam Falcão, em sua trajetória nos campos de futebol.
Caros amigos, hoje é minha estréia na talentosa equipe de escritores do Futebol Mix. Com muita satisfação e honra, serei responsável pelas noticias e análises coloradas, juntamente com o ótimo escritor rubro Zé Paulo.
Quis o destino que minha estréia, coincidisse com a estréia de meu eterno ídolo de infância: Paulo Roberto Falcão. O craque colorado sempre foi um exemplo a ser seguido, por tudo que sempre foi e pelo caráter e carisma que demonstra em suas relações diárias. Mas, amigos, eis a verdade: ao menos uma coisa por enquanto, posso garantir que temos em comum: temos um coração batendo forte e impetuoso pelas cores branca e rubra, do nosso Sport Club Internacional.
Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro.


Por Márcio Mór Giongo, em 17 de abril de 2011.


Mar Vermelho

Sopra o vento, ressurge, renasce, ressuscita. A dor que dilacera o coração. As profundezas do mar vermelho em Abu Dhabi, ainda corroem as veias do sangue rubro.
O mar se agita. O pesadelo de águas densas e escuras, emolduram um quadro de sofrimento e angustia.
Acordo. Desperto para a vida. Parece mesmo que estava em um exilio, uma alcova, um calabouço. Prisioneiro de um convés à deriva, voltei!!!
As folhas brancas de meu diário emudeceram-se. A tinta vermelha de minha caneta congelou, como se fora a ponta de um iceberg: pálida, gélida e úmida. As lágrimas do povo vermelho inundaram meus manuscritos. Emerjo do fundo do mar... onde está a superfície? Sou um náufrago implorando salvação!!!
Ficou de tudo isso, a bela imagem de um mar em cores encarnadas, ou de um amor em cores rubras. Ondas que agitam, ondas que abafam, ondas que enaltecem, ondas que consolam um coração que sofre, sangra e chora por toda extensão do Planeta Vermelho.
Tantas vitórias, tantas conquistas. Lembrei dos piratas de Yokohama e a usurpação da coroa espanhola. A imagem de outrora, de um menino negro conquistando o mundo com uma perna só, agora prepondera.
Tudo para esquecer o passado recente. Uma dor que liberta...liberta e liberta todas as dores. E por que não, Libertadores???
Como uma lágrima que cai, como uma onda que encobre a dor de um coração que sangra... mas que ao mesmo tempo pulsa... no mesmo instante em que vibra e a todos pulmões grita:" estaremos contigo"... não importando nada, absolutamente nada do que digam!
Aqui, agora e sempre!!!
Nas ondas de uma amor em branco e rubro.

Márcio Mór Giongo, em 19 de fevereiro de 2011.



* Este texto recebeu prêmio no IV Concurso Literário da Fundação de Educação e Cultura do Sport Club Internacional - FECI, na categoria Historias do Inter, no ano de 2011.


* Este texto, também, foi publicado na Coletanea Fantasias, da Alpas XXI, pela Editora Alternativa, em 2011.




O Amante da Bola

A bola é lançada em direção a D’ Alessandro. O argentino rubro estufa o peito, acaricia e bola e com sua majestosa perna esquerda, efetua um passe de quase gol, alternando em um único movimento emoção e razão.
Assim é D’Alessandro. Desde os seus primeiros passos como jogador de futebol na Argentina, à chegada em 2008 ao Internacional, o hermano vem desmontando defesas atazanadas, com seus dribles desconcertantes, suas fintas surreais e seus passes magistrais.
D’Alessandro brinca com a bola. D’Alessandro ama a bola. D’Alessandro acaricia a bola com a delicadeza e o afeto de um homem perdidamente apaixonado. Como já dizia o mestre Armando Nogueira: “Louvado é o homem que faz da bola parceira e cúmplice de seu próprio destino”.
D’Alessandro descobre brilhos e cintilações em astros resplandescentes, dentro de um campo de futebol. Dos pés que regem uma orquestra sinfônica inteira ou dos pés sinuosos que bailam um tango de Gardel, mas que também, desmaculam as redes brancas de um gol adversário.
D’Alessandro é a comprovação, é o vestígio humano e material da existência de um Deus, criador do Universo.
Caros amigos, o argentino colorado passeia e desfila exuberante dentro do gramado, como se existisse um manto imperial invisível, cobrindo todo o seu dorso platino. Com a sabedoria de um Rei, D’Alessandro inventa, reinventa, articula e organiza o esquadrão rubro.
D’Alessandro, com toda certeza não amou em sua vida, mil Cleópatras. Nem tão pouco, chegará perto da marca histórica dos mil gols do Rei Pelé. Mas D’Alessandro em seu destino real, é fiel ao seu único e verdadeiro grande amor: a bola.
E que combinação fantástica este triângulo: D’Alessandro, bola e clássico Gre-Nal.
E na tarde ensolarada do último domingo, não vimos nada de diferente. Quando tudo se encaminhava para uma vitória tricolor, eis que nosso predestinado camisa 10, em um giro espetacular, encontrou o canto esquerdo da meta adversária, com a simplicidade sublime de um poeta, que declama sua paixão á mulher amada.
Amigos, eis a verdade: o pobre arqueiro tricolor, atual integrante do selecionado nacional, já perdeu as contas do número de vezes que foi obrigado a buscar o amor de D’Alessandro, no fundo das suas redes, em clássicos Gre-Nais.
Este é Andres D’Alessandro, “El Hombre Gre-Nal”, em seus dons e gols geniais.
D’Alessandro. Seu nome ainda ecoa pelos quatro cantos do Universo. Ventila, sobrevoa, passeia pela voz sutil e vibrante de seu povo: “D’Alessandro, e da-le, D’Alessandro”!

Márcio Mór Giongo, em 27 de outubro de 2010.


* Este texto foi publicado na XLVI Coletanea da Casa do Poeta Rio Grandense, em 2011.

 







Once Caldas e as Chuteiras Vermelhas

Dê uma pausa no CD Dark Side of the Moon , da banda inglesa Pink Floyd, logo após apertar o play. Em seguida, coloque em seu dvd, a versão clássica do filme O Mágico de Oz e, no terceiro rugido do leão da MGM, solte o botão da pausa do CD.
A sincronia é perfeita. Dorothy foge da casa ao som de “No are told you when to run” [Ninguém lhe disse quando deveria fugir]. A música The Great Gig in the Sky, apresenta uma sincronia impressionante com toda a sequencia do tornado do filme. São várias as coincidências. A última delas, Dorothy e o Espantalho estão ouvindo o barulho no peito do Homem de Lata , no mesmo instante que se ouve o batimento cardíaco que finaliza o CD do Pink Floyd.
Sincronias, coincidências ou como prefiro chamar: encontro de inconscientes.
Durante a trajetória colorada nesta Libertadores da América, foram inúmeras coincidências com o nosso primeiro título.
Se não vejamos.
No ano passado, fomos vice-campeões brasileiros, a mesma colocação  do ano de 2005 .
Igualmente, no ano que passou, fomos vice-campeões de um título nacional para o Corinthians (Copa do Brasil), como em 2005(Campeonato Brasileiro).
Em 2010, perdemos o Campeonato Regional em dois Gre-Nais para nosso arquirrival, da mesma forma que ocorreu em 2006.
Este ano, foi ano de Copa do Mundo. A Seleção do Brasil foi eliminada nas oitavas de final por uma Seleção Européia, que acabou sendo vice-campeã mundial, como aconteceu em 2006.
Em 2006 também, durante a disputa das semi-finais da Libertadores, jogou-se um Gre-Nal pelo Campeonato Brasileiro. Aquele do Gigante aceso, dos banheiros queimados, lembram? Tanto em 2006, como agora em 2010 o placar foi o mesmo 0 x 0.
Tanto lá em 2006, como neste corrente ano, contratamos um treinador que jamais havia ganho algum título importante. Em 2006, Abel Braga. Em 2010, o contestado Celso Roth.
E para finalizar, a expulsão de Paulo César Tinga em um jogo decisivo contra o São Paulo. Ou posso lembrar também, a vitória pelo escore de 2 x 1 no primeiro jogo da final, fora de casa, como em 2006. Ou, ainda, o predestinado Rafael Sóbis fazendo gols nas finais dos dois títulos continentais.
Amigos, como naquele 16 de agosto de 2006, nosso Templo Colorado estava repleto de seguidores.O Gigante pulsava em uma batida única. Desde a entrada de nossos heróis no gramado, até o apito final de Oscar Ruiz, as arquibancadas de nosso Arena ferviam incessantemente, conclamando o grito dos fiéis vermelhos.
Dentro da nossa Pasárgada alvirrubra, em uma sincronia só comparada a guitarra de David Gilmour, com o baixo de Roger Waters, a pelota passa pelas chuteiras de rubi de D’Alessandro, encontra os pés de Paulo César Tinga, que na faixa esquerda do gramado vislumbra o habilidoso lateral Kleber. Em um toque genial, a pelota é cruzada rasante em direção a grande área. Tinga tenta concluir. Não alcança. Naquele rápido instante, em um leve exercicio de visão, se observa na tentativa do gol, várias chuteiras vermelhas de nossos antigos heróis, que perpetuaram inúmeras conquistas coloradas naquele mesmo gramado. Atrás delas, Rafael Sóbis. Nosso predestinado atacante, com as travas de seu sapato de rubi, empurra a pelota com precisão para as redes do arqueiro mexicano.
E o relógio floydiano finalmente despertou. O Gigante rugiu. Ouviu-se um grande grito dos céus.
Correndo tal e qual o coelho de Waters e Gilmour, respirando e inspirando o ar da atmosfera vermelho e branco, o menino Leandro Damião, recém saído do banco de suplentes, deixou para trás dois marcadores mexicanos, e em um petardo certeiro conseguiu ver, sentir e tocar a linda taça da Copa Libertadores da América.
No terceiro rugido do leão, o mágico Giuliano, deixou dois adversários caídos e esparramados, na saída do arqueiro, em um toque genial, fez com que a pelota beijasse as redes do gol, colocando ponto final no embate, espantando por derradeiro a bruxa mexicana e de quebra coloriu por completo a festa em branco e rubro.
Na cidade das esmeraldas, no mundo mágico colorado, o troféu de nossa conquista é entregue ao nosso Capitão pelas mãos negras e majestosas do Rei do Futebol.  A taça é tocada e erguida aos céus, sobre o delírio do povo vermelho e em meio as lágrimas do cizudo Homem de Lata colorado. Entoando os cânticos da Guarda Popular, nossos heróis cantaram e dançaram como lunáticos sobre o gramado, em uma felicidade incontida, que durou até os primeiros raios de sol do amanhecer alvirrubro.
Caros amigos, outro dia, depois de algum tempo, reencontrei por acaso a Musa Rubra: a Musa Colorada de 2008, Alessandra Pinho.  Logo depois, cheguei em casa e dei uma olhada no poema que fiz para a doce e apaixonante, Dorothy colorada. Para minha surpresa, naquele dia do reencontro estavam fazendo exatamente dois anos da criação da minha poesia. Coincidência ? Acaso?
Once Caldas é um clube de futebol colombiano. Conquistou a Taça Libertadores da América no início da década. Depois disto, sumiu, desapareceu, nunca mais se ouviu falar. A comparação deles, colombianos, com nós, colorados e a flauta incansável de nossos rivais, ainda eram inevitáveis. Mas, enfim, desta coincidência, agora, estamos definitivamente livres.
O Bi-Campeonato da América nos tranqüilizou.
E Floyd explicou.

Márcio Mór Giongo, em 25 de agosto de 2010.