quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

No Céu de Maria


   


Quando uma música é interrompida, por uma claridade obscura dos céus;
Quando sonhos são dilacerados, por uma fumaça escura qualquer;
Quando olhos tão cintilantes, tornam-se olhos tão apreensivos;
Quando pernas que imitam um belissimo balé, tornam-se apressadas sem destino e sem rumo;
Quando uma porta é cerrada, quando uma dor é incessante ;
Quando há gritos que ecoam, dentro de um labirinto sem saída!!




Quantos corações tão disparados?
Quantos sorrisos tão radiantes?
Quantas alegrias e devaneios tão juvenis?




Restou a dor;
Restaram as lágrimas,
Restou o desespero;
Restaram os corpos deitados e entrelaçados na pista!




Restaram de fato, copos em cacos nefastos ;
Restaram as taças que brindam ao descaso;
Restaram sentimentos em mil pedaços!



Restaram sons;
Restou agonia;
Restou o silêncio;
Restaram melodias que chamam e choram no peito de cada mancebo!

Restou uma dor;
Restou uma flor;
Restou um jardim;
Restou a saudade;
Restou o brilho intenso e  sereno de uma linda estrela;
Restaram e restaram, por certo, mais e mais estrelas, no santo céu de Maria!!


Por Márcio Mór Giongo, em 28 de janeiro de 2013.






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