quinta-feira, 21 de julho de 2011

Crime e Castigo

Senhoras e senhores, que jogo!!! Inigualável atuação rubra, vislumbramos nesta tarde de domingo! Que Gre-Nal!! Ficara com certeza, marcado na historia dos clássicos. Rumamos ao Estádio Olímpico desacreditados, eu disse desacreditados!!!
Os recentes insucessos colorados, nos levaram a condição de franco-atiradores, na decisão do Campeonato Gaúcho de 2011.Mas amigos, sentia-se uma atmosfera diferente!!! Na entrada do escrete rubro no gramado, já se podiam notar semblantes fechados, olhos concentrados, dentes rangindos!!! Sim, amigos, vejam o pôster do time nos principais periódicos, da Capital! Vejam as faces assustadoras de nossos atletas, capaz de intimidar qualquer serial killer, que passasse por aquelas bandas!
Entretanto, no inicio do embate, em mais um imperdoavel descuido, da defesa colorada, nosso tradicional rival, efetuou o primeiro tento da partida, deixando o titulo mais próximo do Estádio Olímpico. No entanto, não irei aqui relatar, nem irei cansar os leitores, em informar do mal e de todos os males, em se contar vitória antes do sublime apito final! Sim, amigos, antes dos 25 minutos da etapa inicial, a torcida rival já ensaiava os primeiros olés, convictos de estarem com as duas mãos na taça.
Com a entrada em campo de Zé Roberto, o escrete rubro tomou outra forma e outra cor. Em uma bela jogada, pelo lado esquerdo, nosso atacante cruzou rasante para o tumulto, e o matador Leandro Damião, desferiu o primeiro disparo contra o arqueiro rival!
Logo em seguida, antes do fim do primeiro tempo, Andrezinho, mesmo agonizando, com lesão corporal exposta em uma de suas pernas, desferiu de longa distancia, um novo e estrondoso tiro contra a retaguarda tricolor.

O Estadio rival emudeceu-se. Eis a verdade, amigos: conseguia-se ouvir, até mesmo, o ruído de um fatídico lenço caindo, no gélido concreto das arquibancadas.
No retorno das duas equipes, enquanto os tricolores aguardavam, ouviam-se os passos na escada, do escrete rubro em direção ao campo de batalha, com o intuito de efetuar a consumação do crime final.
E naquele momento em que Zé Roberto, sempre ele, foi derrubado dentro da área de conflito, o coração branco e rubro parou. O argentino D`Alessandro, como se fora, um matador de elite, disparou o derradeiro tiro final, no canto esquerdo do arqueiro rival.
Amigos, mas o destino mais uma vez estava de pirraça, e pregou outra peça em classico Gre-Nal. Quis o hilário destino, que o arqueiro Renan, falhasse mais uma vez, no final do combate. Mas quis tambem o destino, que o goleiro rubro fosse decisivo, nos duelos finais, e com tres defesas alucinantes, garantisse a usurpação do troféu para os lados do Beira-Rio.
Coube ao atirador Zé Roberto a consumação do crime final, que com precisão e maestria, duelou com o arqueiro tricolor, e fuzilou as redes de nosso adversário, colocando as duas mãos na vistosa taça gaucha, e de sobra, castigou sem receio a prepotencia, soberba e o salto alto da equipe rival e sua agora calada torcida.

Ademais, minha caneta vermelha disse e assina ao povo rubro.


Por Márcio Mór Giongo, em 17 de maio de 2011.

Foto: Terra Esportes.

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